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domingo, 30 de maio de 2010

[CRÔNICA] - A importância de honrar a camisa

Pra início de conversa não estou supervalorizando ou tratando como se fosse a vida este torneio. Tenho, aliás temos nas nossas cabeças que é apenas um campeonato de escola e que o resultado não mudará nada nas nossas vida mas o que é um cronista (me colocaria na posição de alguém que escreve crônicas e não de um cronista) sem um sentimentalismo ou até exagero? Ainda mais quando a crônica é dissertativa. Até inclusive recebi um elogio na semana passada que me deixou bem feliz que foi do meu parceiro Daniel Balbinot que me disse: "Cara, tu vai ser crônista quando crescer, não consigo parar de ler". Claro que houve um exagero nessa frase sem dúvida, mas o que prendeu ele ao texto em grande parte creio eu que foi o sentimentalismo colocado nas palavras e desta forma deixando o texto mais interessante.

Então, com o fato do exagero/sentimentalismo explicado (vide a "Domingão do Murphy" ) vamos ao texto:



Era mais uma competição escolar. Desta vez "Guri Bom de Bola" no futebol de campo. Oito equipes divididas em dois grupos. Desde a última na qual a nossa escola no futsal, a Presidente Vargas, foi vice-campeã passou-se pouco mais de um mês e entraríamos com bastante confiança porque os quatro grupos da Olimpíada de futsal, para o campo transformaram-se em dois e pela lógica facilitaria mais o caminho. Eu disse entraríamos, pelo fato de que um dia antes nosso "craque" machucou-se, quando digamos chocou-se contra um pequeno artefato rochoso. Ou seja deu um bico numa pedra em um joguinho clássico de 8ª x 7ª e 6ª durante um recreio. E o outro recusou-se a ir por um motivo ainda não muito bem engolido. Enquanto a tradicional escola, que nos venceu no futsal, vinha só com jogadores da categoria mais velha permitida nós tentávamos montar um time retalhado, com apenas quatro "grandes" e os outros 6 titulares vindos de categorias abaixo. Time que pensou-se por hora que não iria sair, porque a dificuldade de arrumar 11 pra ir na formação inicial foi considerável. Mas fomos, com a maioria dos jogadores nascidos em 98 (enquanto essa maioria deveria ser de nascidos em 96) a batalha. Chegamos dispostos a nos doarmos, afinal quem quer não ser o campeão da cidade e ir representa-lá pelo estado? Mesmo tendo claro em nossas cabeças de que passar para as semi-finais já seria grande coisa, ainda mais quando soubemos que a "tradicional escola" caiu em nosso grupo. 

Não demorou muito chegou nossa primeira batalha e nela tivemos a surpresa de que não era só nós que vínhamos com base de mais novos. Mesmo assim não foi um jogo fácil. Eu e meus dois companheiros, sob o comando do cadeado da defesa fomos sólidos tal como os volantes. Mas ofensivamente pouco criamos e quando criamos nossos atacantes bobearam demais. Os adversários até tentaram ameaçar, mas a confiança era grande ali atrás e fora pouquíssimos erros de posicionamento e um lance no qual  nosso parceiro de zaga acabou deixando o pé nas costas do adversário por descuido, tivemos uma boa atuação. Junto com o time todo. Foram ali os 20 minutos reservados a primeira batalha. Empate encardido sem sabermos quem foi melhor. Mas saímos de cabeça erguida prontos para a próxima batalha. 

Logo após presenciamos a "tradicional escola" empilhar 4 gols no nosso próximo adversário. A situação ficou tensa quando os nossos dois "craques" ali no momento tiveram que sair em meio ao torneio para compromissos particulares e deixaram-nos sob a dúvida de nossas reais chances no início do jogo. Esperamos os outros jogos que estavam atrasados e ouvimos o apito final. A nossa vez de entrar no gramado havia voltado. E junto com ela a esperança na vitória pois em cima da hora voltaram nossos companheiros. Iniciou-se a segunda batalha com um festival de chances criadas por nós. Ofensividade total mas a pelota não queria entrar e quando parecia que ela havia resolvido entrar, foi maltratada por aquele centroavante que seria conhecido em breve como "O Cone". Revoltada com a situação, nossa amiga gorducha foi ajudar as tropas inimigas num contra-ataque com ar de fatalidade. Aconteceria conosco aquela clássica situação de "quem não faz leva"? Até que chegou o momento em caíram na área pedindo o penal. Não sendo torcedor mas realmente não foi. Com o perigo afastado a pressão voltou e logo o gol. Vini Martini nosso ala, chutando da entrada da área nos deu um alívio. Mantida a seriedade o jogo seguiu fluindo, até o momento em que recebi a pelota um pouco a frente do meio de campo, ajeitei e coloquei toda a vontade de marcar um gol, que vinha se acumulando desde a última competição, no pé. Vibração. Professora me tira agora do jogo que nem tu fez ano passado vai. Claro que essa raiva foi embora no grito da comemoração mas que foi bom ouvir ela enchendo minha bola depois do jogo, foi. Nos seguramos e em poucos minutos decretado o final de jogo. 

Agora seria o enfrentamento com a "tradicional escola" mas antes eles enfrentaram o time com que empatamos. Resultado: 6 a 0. Objetivo para o jogo final da primeira fase: Sofrer no máximo 5 gols. Passaram-se dois outros jogos do outro grupo e chegou a nossa vez de novo. Uma oração e palavras de motivação. Mas que o grupo sentiu a pressão, sentiu. Até nós da zaga que vínhamos cheios de confiança sentimos. Mas o que agravou a situação foi a substituição do tão certo 3-5-2 para um 4-4-2 (ou 4-2-2-2). Foi como nosso meia reserva disse: "Fizemos uma formação para atacar em um jogo em que foi só retranca." Na verdade acho que não passamos do meio com a bola dominada. Nossos atacantes ficaram sem o que fazer, pois a bola não chegava. E colocamos o mais jovem do time na lateral direita. Aquele lado transformou-se em uma avenida para os adversários. Fora que no meu lado de defesa havia uma poça de barro com fundura. Pise e atole amigo! E os atacantes deles, criados a tódy, nem "gatos" pareciam que eram. E sim algum felino tipo tigre, leão. Por incrível que pareça nosso sofrimento foi "cúbico". Porque: Aguentamos três minutos. 0 x 1. Aos 6 minutos. 0 x 2. E uns malucos atrás do gol gritavam: Bate nesse 11. Pega esse 11. Da um soco nesse 11. Vocês já devem ter deduzido quem vestia a onze certo? Aos 9 minutos 0 x 3. Nesse momento roubei uma bola e disparei pela esquerda, errei ao passe. Eram 12 minutos 0 x 4. Depois disso andava nosso meia direita tentando dar chapéuzinho e outras frescuras mais. 15 minutos  0 x 5. Foi aí que nossa professora gritou: "5 minutos." Mais um gol e tudo estava acabado. A definição do nosso goleiro foi a seguinte: "Foram os 5 minutos mais tensos que já vivi." Nesse tempo botaram um escanteio pra fora e o cara que dividia bola comigo caiu na área. Por pouco achei que tivesse tudo acabado, mas o juízão sensato (mais uma vez), mandou ele levantar. A partir daí foi só coração (igual o jogo todo, igual a todos os jogos) e conseguimos uma falta. Dei o balão e acabamos com o problema. Doce classificação com um gosto amargo aos mesmo tempo.

Agora as decisões serão na quarta-feira, onde enfrentaremos outra escola tradicional com o possível reforço de nossos dois "craques". As chances aumentaram mas a dificuldade segue clara para nós. Agora, independente do resultado que acontecer sairemos de cabeça erguida pela bela luta que nós, muito limitados travamos. O exemplo foi dado e para quem vier depois que aprendam a importância de honrar a camisa.

3 comentários:

  1. Interessante seu ponto de vista. achei seu blog na comu do orkut. abraço.
    http://refemdarotina.blogspot.com

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  2. Gostei do poste, se quizer nos visite, grande abraço!

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  3. honrar a camisa é essencial, para a vitória !

    parabéns pelo seu blog !

    http://preludiopostumo.blogspot.com/

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Eae gurizada, fiquem a vontade comentando. Criticas construtivas, elogios e idéias serão bem-vindos.

Abraço